quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Review - Série Mother/Earthbound

Mother, uma série de rpg com 3 jogos, é pouco conhecida se comparada a sua grandiosidade. Mesmo com apenas um jogo lançado no ocidente, Earthbound/Mother 2 conseguiu juntar uma legião de fãs no mundo todo. Todos os jogos são sensacionais, conseguindo ser descontraído em momentos de humor, mas com histórias profundas e detalhes sutis que fazem a série tão única. Ao ligar o console com o primeiro jogo, já é perceptível que é um jogo para ser lembrado para sempre.


Antes de continuar, deixe a playlist acompanhar a leitura.



Os 2 primeiros jogos giram em torno de fenônemos causados por seres do espaço, mas com o desenrolar da história você descobre que o que parecia ser ficção científica, está mais próximo de um drama com uma alta carga emocional. Já o terceiro jogo acontece em uma dimensão paralela como uma consequência aos fatos anteriores. Uma das características da série, é ter sempre crianças como personagens principais, deixando um aspecto de fragilidade diante dos desafios que a história impõe e mais liberdade para ter um mundo mais imaginativo.

A jogabilidade da série é comum para jogos de rpg, exceto para o terceiro, onde adicionaram um sistema de combo que é acionado ao pressionar o botão no ritmo da música de fundo. Outro detalhe é que as batalhas finais de cada jogo não são vencidas através de ataques, mas sim com a história sobressaindo a luta, e chegando nesse ponto a última coisa que você pensa é lutar. A história é tão envolvente que faz você faz você se preocupar mais com o bem estar dos personagens do que destruir o inimigo.

Seu visual é totalmente peculiar, com traços simples mas carismáticos. Desde os personagens até os inimigos, que podem ser animais comuns, objetos com vida própria ou hippies. Outro ponto forte do jogo é a trilha sonora (uma das melhores trilhas para mim), que é uma parte fundamental da história, e consegue ser memorável com composições excelentes até mesmo em 8-bit. Além das músicas totalmente originais, é possível encontrar referências que vão de Beatles a Monty Phyton.

Apesar de gostar da série toda, acho que o terceiro jogo podia ser melhor. Mother 3 não fica devendo nada aos jogos anteriores, mas o modo que a história se desenvolve é um pouco estranha, você passa horas jogando fragmentos da história com personagens diferentes, e o enredo só começa a tomar forma por volta do quarto capítulo, quando o grupo definitivo é formado. Na minha opinião isso quebra um pouco a ligação com o jogador, pois interrompe constantemente a evolução dos personagens e tudo mais. O primeiro não é tão grandioso quanto o segundo, mas é o melhor para mim, as músicas, personagens, todo o ambiente e principalmente o final, fazem ele ser realmente o número 1.

Em resumo sobre a série, eu recomendo que seja jogada com calma, apreciando todos os detalhes e características que o jogo oferece. E mesmo assim muita coisa ainda passa despercebida, tanto que vários sites sobre a série Mother sempre postam alguma coisa que você não tinha reparado, principalmente o quão obscura a história pode ser, dependendo do seu ponto de vista. Com certeza é uma série que estará para sempre na minha lista das melhores obras de arte no mundo dos games.

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